Essa forma qualidade de Oyá que requer muito cuidado ao se lidar com ela. Nessa qualidade, Yansã, governa de forma essencial, os eguns, ou, os espíritos dos mortos. Como matriarcas de egum, essas Oyás são mais agressivas que as demais, e sempre se apresentam prontas para a guerra.
Seus rituais em nada lembram os dos demais Orixás, uma vez que até mesmo para solicitar que ela deixe a matéria, ou seja: “ir ao ló”, é feito de forma diferenciada, uma vez que os demais Orixás são suspensos dentro do barracão, e essa Yabá é suspensa no tempo.
Como toda Yansã, ela é altamente sensual, muito embora guerreira destemida é comum vermos essa divindade se apresentar dançando para os mortos. Na concepção yorubana, a morte nunca foi o ponto final de nada, ao contrário, eles acreditam piamente na reencarnação, creem que as pessoas voltam a se encarnarem na mesma família, que o espírito volta a terra na pessoa de seus descendentes.
Nessa fase em que são eguns, são guardados por Oyá Gbale. Nas crendices africanas, temos vários momentos em nossa vida e também depois de nossa morte. Acreditam os africanos que ao desencarnarmos, nosso espírito se desliga do corpo e prontamente é recolhido por uma qualidade de Oxossi que o entrega a Obaluayê e esse por sua vez, entrega o espírito a Oyá Gbale para que ela o guarde enquanto espera o julgamento que será feito no Orúm, Céu.
Ao chegar o dia do julgamento daquela alma, Xangô Agodô abre as portas do Orúm para que ele possa entrar, então, Logum Edé, sincretizado com São Miguel, pesa em sua balança todos os atos daquela pessoa em vida e Yansã se encarrega de o levar para seu local determinado pela justiça Divina.
Oyá Gbale, é também conhecida como Oyá Mensan Orúm, ou seja: a mãe dos nove céus ou dos nove planetas. Recebeu parte dos poderes de Omulú o grande senhor conhecedor de todos os mistérios da morte e consequentemente dos eguns.
Segundo as lendas africanas, ela recebeu esse poder após socorrer Omulú que estava passando por uma dificuldade muito grande. Omulú carregava então os ancestrais, eguns, sozinho e a partir dessa data, Yansã do Balé, passou a dividir com ele essa missão, que somente lhe foi entregue com a permissão de Olodumarê, Senhor Supremo do Destino, ou seja, um dos nomes de Deus para os africanos.
Seus assentamentos podem ser feitos com todos os utensílios de barro, mas, existem também aqueles zeladores que a assentam em louça branca, o que de forma alguma está errada.
Carrega chifres de búfalo, Irukerê, espécie de chicote feito com rabo de cavalo ou boi, símbolo de realeza na África e que ela utiliza para guiar os eguns. Também compõe seu fetiche, a espada, o escudo, e demais fetiches que a lembram como guerreira.
É uma Orixá muito amada, festejada e temida dentro do candomblé, porque alem de todos esses atributos, é ela quem divide com Xangô o mistério de carregar o fogo na boca.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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Eu estava precissando dessa leitura,muito boa mesmo!
ResponderExcluiros filhos de oyá balé tem personalidade diferente dos filhos de outras qualidades de oyá?
ResponderExcluiradorei,estava precisando saber disso
ResponderExcluirEu sou filha de iansa balé
ResponderExcluirEssa foi a estória mais profunda de Oya igle que eu lê me encaxei comoretame
ResponderExcluirEssa história mais completa de Oya igle que eu li nosan me encaixo completamente
ResponderExcluirSou uma delas
ResponderExcluirFOI UM DOS SANTOS QUE ME SALVOU DA MINHA MULHER MORTE
Amei !!
ResponderExcluirOi boa tarde sou anbian estou numa roca onde babá jogou e falou d qualidade d minha oya.que e d balé em outras casa falaram que e onira mas s mesmo quando for pras folhas n que s confirma
ResponderExcluirFico com receio d qual é minha oya ?
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