Oiá e Iansã (entre os Nagôs), Sobô (jejes), Matamba (angolas), Nunvurucoma buva (congos), Bamburucema (bantos em geral. Divindade do Rio Oiá (Niger).
Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos, Carregadeira de Ebó, Senhora dos Ventos, Raios e das Tempestades, esses e alguns outros são os nomes desta grande Orixá.
Rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões, vendavais, é um orixá do fogo, guerreira e poderosa. Ela é a Mãe dos eguns (espíritos dos mortos), guia dos espíritos desencarnados, deusa dos cemitérios. É ela que servirá de guia, ao lado d e Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda a falange dos Boiadeiros. Oiá relaciona-se com todos os elementos da natureza. A água, sob a forma de chuva, de tempestade. O ar, sob a forma do vento da tempestade, que arranca árvores, derruba casas. No seu aspécto benéfico, foi o ar de Iansã que espalhou as plantas medicinais, anteriormente guardadas pro OSSAIN numa cabaça. Ligada a floresta, ela se transorma num búfalo, cervo ou elefante. Propicia a caça abundante. Ela é rainha por ser a predileta de Xangô. E por ser mãe e rainha dos EGUNS, é o único orixá que não tem medo dos mortos.
Oiá foi a primeira e a mais fiel das três mulheres de Xangô e ajudou-o a conquistar os reinos que foram anexados ao império ioruba. Porém quando ele tentou invadir Nupe e Tapa, onde Oiá havia nascido, ela o abandonou e postou-se na entrada daquelas cidades disposta a enfrentá-lo. Como nem mesmo Xangô ousou desafiá-la, ninguém passou. Oiá é a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, a única divindade que entra no Ibalé de Egum (mortos), por seu poder e omnisciência. Oiá foi a primeira entidade feminina a surgir nos cultos negros. Quando Xangô morreu, antes de se transformar num orixá, sua mulher chorou tão copiosamente que as lágrimas formaram o grande rio Oiá (Niger) do qual ela se tornaria deusa.
Além do contato com os mortos, Iansã também favorece a fecundidade, atributo inerente aos deuses ctonianos. Deusa das tempestades, contribui para a fertilidade do solo. Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias. Num mural descoberto em Tepantitla, no México, aparece, em seu império líquido, o deus da chuva Tlaloc, com o raio que engendra os cogumelos sagrados, que brotam da terra-mãe.
Senhora do fogo, dos raios e da guerra, é ela quem traz as tempestades e a ventania para varrer a maldade humana da face da Terra. Iansã andava pelo mundo se aventurado, onde quer que ela soubesse haver algo impossível para se fazer, lá estava ela se propondo a obter mais uma conquista.
Sicretismo: Santa Bárbara
Cores: Marron- vermelhado, vermelho com branco, branco com rosa
Força da natureza: Ossários, jardins, caminhos, cumes, vento
Saudação: Eparrei (ÊPA-HEI! – o “H” é aspirado). A saudação EPA-HEI OYÁ quer dizer : Olá, jovial e alegre Oyá).
Dia da Seamana: Quarta-feira
Símbolo: Rabo de cavalo e espada
QUALIDADES:
Oya Biniká – Oya Seno – Oya Abomi – Oya Gunán – Oya Bagán – Oya Onìrá – Oya Kodun – Oya Maganbelle – Oya Yapopo – Oya Onisoni – Oya Bagbure – Oya Tope – Oya Filiaba – Oya Semi – Oya Sinsirá – Oya Sire – Oya Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em: a) Oya Funán b) Oya Fure c) Oya Guere d) Oya Toningbe e) Oya Fakarebo f) Oya De g) Oya Min h) Oya Lario i) Oya Adagangbará
Essas Oya, estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu , Ogun e Exú.
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