Páginas

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

EPAREI OYÁ!


OYÁ DE BALÉ.

OYÁ GBALE OU OYÁ BALÉ

Essa forma qualidade de Oyá que requer muito cuidado ao se lidar com ela. Nessa qualidade, Yansã, governa de forma essencial, os eguns, ou, os espíritos dos mortos. Como matriarcas de egum, essas Oyás são mais agressivas que as demais, e sempre se apresentam prontas para a guerra.
Seus rituais em nada lembram os dos demais Orixás, uma vez que até mesmo para solicitar que ela deixe a matéria, ou seja: “ir ao ló”, é feito de forma diferenciada, uma vez que os demais Orixás são suspensos dentro do barracão, e essa Yabá é suspensa no tempo.
Como toda Yansã, ela é altamente sensual, muito embora guerreira destemida é comum vermos essa divindade se apresentar dançando para os mortos. Na concepção yorubana, a morte nunca foi o ponto final de nada, ao contrário, eles acreditam piamente na reencarnação, creem que as pessoas voltam a se encarnarem na mesma família, que o espírito volta a terra na pessoa de seus descendentes.
Nessa fase em que são eguns, são guardados por Oyá Gbale. Nas crendices africanas, temos vários momentos em nossa vida e também depois de nossa morte. Acreditam os africanos que ao desencarnarmos, nosso espírito se desliga do corpo e prontamente é recolhido por uma qualidade de Oxossi que o entrega a Obaluayê e esse por sua vez, entrega o espírito a Oyá Gbale para que ela o guarde enquanto espera o julgamento que será feito no Orúm, Céu.
Ao chegar o dia do julgamento daquela alma, Xangô Agodô abre as portas do Orúm para que ele possa entrar, então, Logum Edé, sincretizado com São Miguel, pesa em sua balança todos os atos daquela pessoa em vida e Yansã se encarrega de o levar para seu local determinado pela justiça Divina.
Oyá Gbale, é também conhecida como Oyá Mensan Orúm, ou seja: a mãe dos nove céus ou dos nove planetas. Recebeu parte dos poderes de Omulú o grande senhor conhecedor de todos os mistérios da morte e consequentemente dos eguns.
Segundo as lendas africanas, ela recebeu esse poder após socorrer Omulú que estava passando por uma dificuldade muito grande. Omulú carregava então os ancestrais, eguns, sozinho e a partir dessa data, Yansã do Balé, passou a dividir com ele essa missão, que somente lhe foi entregue com a permissão de Olodumarê, Senhor Supremo do Destino, ou seja, um dos nomes de Deus para os africanos.
Seus assentamentos podem ser feitos com todos os utensílios de barro, mas, existem também aqueles zeladores que a assentam em louça branca, o que de forma alguma está errada.
Carrega chifres de búfalo, Irukerê, espécie de chicote feito com rabo de cavalo ou boi, símbolo de realeza na África e que ela utiliza para guiar os eguns. Também compõe seu fetiche, a espada, o escudo, e demais fetiches que a lembram como guerreira.
É uma Orixá muito amada, festejada e temida dentro do candomblé, porque alem de todos esses atributos, é ela quem divide com Xangô o mistério de carregar o fogo na boca.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OYÁ:

Para os filhos de Oyá, viver é uma grande aventura. Enfrentar os riscos e desafios da vida são os prazeres dessas pessoas, tudo para elas é festa. Escolhem os seus caminhos mais por paixão do que por reflexão. Em vez de ficar em casa, vão à luta e conquistam o que desejam.

São pessoas atiradas, extrovertidas e directas, que jamais escondem os seus sentimentos, seja de felicidade, seja de tristeza. Entregam-se a súbitas paixões e de repente esquecem, partem para outra, e o antigo parceiro é como se nunca tivesse existido. Isso não é prova de promiscuidade, pelo contrário, são extremamente fiéis à pessoa que amam, mas só enquanto amam.

Estas pessoas tendem a ser autoritárias e possessivas; o seu génio muda repentinamente sem que ninguém esteja preparado para essas guinadas. Os relacionamentos longos só acontecem quando controlam os seus impulsos, aí, são capazes de viver para o resto da vida ao lado da mesma pessoa, que deve permitir que se tornem os senhores da situação.

Os filhos de Oyá, na condição de amigos, revelam-se pessoas confiáveis, mas cuidado, os mais prudentes, no entanto, não ousariam confiar-lhe um segredo, pois, se mais tarde acontecer uma desavença, um filho de Oyá não pensará antes de usar tudo que lhe foi contado como arma.

O seu comportamento pode ser explosivo, como uma tempestade, ou calmo, como uma brisa de fim de tarde. Só uma coisa o tira do sério: mexer com um filho seu é o mesmo que comprar uma briga de morte: batem em qualquer um, crescem no corpo e na raiva, matam se for preciso

QUALIDADES DE OYÁ

1) Oya Biniká
2) Oya Seno
3) Oya Abomi
4) Oya Gunán
5) Oya Bagán
6) Oya Onìrá
7) Oya Kodun
8) Oya Maganbelle
9) Oya Yapopo
10) Oya Onisoni
11) Oya Bagbure
12) Oya Tope
13) Oya Filiaba
14) Oya Semi
15) " Sinsirá
16) Oya Sire
17) Oya Gbale ou Igbale (aquela que retorna à terra) se subdividem em:
a) Oya Funán
b) Oya Fure
c) Oya Guere
d) Oya Toningbe
e) Oya Fakarebo
f) Oya De
g) Oya Min
h) Oya Lario
i) Oya Adagangbará

Essas Oya, estão ligadas ao culto dos mortos, quando dançam parecem expulsar as almas errantes com seus braços. Tem forte fundamento com Omulu, Ogun e Exú.

Dia: Quarta-feira Cores: Marrom, Vermelho e Rosa Símbolos: Espada e Eruesin Elementos: Ar em movimento, Fogo Domínios: Tempestades, Ventanias, Raios, Morte Saudação: Epahei!

YANSÃ NO BRASIL...

Oyá é um Orixá feminino africano, cultuado no candomblé e nas religiões afro-brasileiras, sua saudação é Iyá Mesan Orun mãe dos nove oruns (espaços do céu) e Èpa heyi!. Identificada no jogo do merindilogun pelos odu odi, ossá e owarin.

Os devotos costumam lhe oferecer sua comida favorita, o àkàrà (acarajé), ekuru e abará solicitando auxílio nas mais diversas questões, principalmente as ligadas à justiça, por sua proximidade com Xangô e proteção, em especial contra os eguns.

No candomblé sua cor é o vermelho, leva chifres de búfalo ou boi na cintura e utiliza o irukerê (é um símbolo de nobreza, muito usado na África para espantar moscas), instrumento ritual feito de rabo de boi ou cavalo com o qual direciona os eguns, os espíritos dos mortos. Por sua atuação junto aos eguns está intimamente ligada aos mistérios da morte (Iku) e aos orixás nanã, Omolu e Obaluayê. Inhansã ou Oiá, como é também chamada no Brasil, é uma divindade da Mitologia Yoruba associada aos ventos e tempestades, fazendo parceria com Xangô, o senhor dos trovões.

Yansan, Iansã ou Inhansã outro nome pela qual é conhecida e cultuada principalmente por sua ligação com a morte, pois compete somente a Inhansã o poder de conduzir os eguns (espíritos dos mortos), para longe ou perto dos seres vivos. Iansã é associada a sensualidade. Orixá dos ventos e das tempestades, foi esposa de Ogum, o qual deixou por amor a Xangô; dos Orixás femininos é a mais guerreira e imponente.

Em sua dança faz menção aos movimentos rápidos e repentinos dos ventos, usando um irukerê (cetro pequeno feito de cauda de boi ou cavalo) para espantar maus espíritos

LENDA DE OYÁ 5

Osaguiã estava em guerra, mas a guerra não acabava nunca, tão poucas

eram as armas para guerrear.

Ògún fazia as armas, mas fazia lentamente.

Osaguiã pediu a seu amigo Ògún urgência, Mas o ferreiro já fazia o

possível.

O ferro era muito demorado para se forjar e cada ferramenta nova

tardava como o tempo.

Tanto reclamou Osaguiã que Oyá, esposa do ferreiro, resolveu ajudar

Ògún a apressar a fabricação.

Oyá se pôs a soprar o fogo da forja de Ògún e seu sopro avivava

intensamente o fogo e o fogo aumentado de calor derretia o ferro mais

rapidamente.

Logo Ògún pode fazer muitas armas e com as armas Osaguiã venceu a

guerra.

Osaguiã veio então agradecer Ògún. E na casa de Ògún enamorou-se de

Oyá.

Um dia fugiram Osaguiã e Oyá, deixando Ògún enfurecido e sua forja

fria.

Quando mais tarde Osaguiã voltou à guerra e quando precisou de armas

muito urgentemente, Oyá teve que voltar a avivar a forja. E lá da casa de

Osaguiã, onde vivia, Oyá soprava em direção à forja

de Ògún.

E seu sopro atravessava toda a terra que separava a cidade de Osaguiã

da de Ògún.

E seu sopro cruzava os ares e arrastava consigo pó, folhas e tudo o mais

pelo caminho, até chegar às chamas com furor atiçava.

E o povo se acostumou com o sopro de Oyá cruzando os ares e logo o

chamou de vento. E quanto mais a guerra era terrível e mais urgia a

fabricação das armas, mais forte soprava Oyá a forja de Ògún. Tão forte

que às vezes destruía tudo no caminho, levando casas, arrancando árvores,

arrasando cidades e aldeias. O povo reconhecia o sopro destrutivo de Oyá e

o povo chamava a isso tempestade.

LENDA DE OYÁ 4

Certa vez houve uma festa com todas as divindades presentes.

Omulu-Obaluaê chegou vestindo seu capucho de palha.

Ninguém o podia reconhecer sob o disfarce

e nenhuma mulher quis dançar com ele.

Só Oiá, corajosa, atirou-se na dança com o Senhor da Terra.

Tanto girava Oiá na sua dança que provocava vento.

E o vento de Oiá levantou as palhas e descobriu o corpo de Obaluaê.

Para surpresa geral, era um belo homem.

O povo o aclamou por sua beleza.

Obaluaê ficou mais do que contente com a festa, ficou grato.

E, em recompensa, dividiu com ela o seu reino.

Fez de Oiá a rainha dos espíritos dos mortos.

Rainha que é Oiá Igbalé, a condutora dos eguns.

Oiá então dançou e dançou de alegria.

Para mostrar a todos seu poder sobre os mortos,

quando ela dançava agora, agitava no ar o iruquerê,

o espanta-mosca com que afasta os eguns para o outro mundo.

Rainha Oiá Igbalé, a condutora dos espíritos.

Rainha que foi sempre a grande paixão de Omulu

LENDA DE OYÁ 3

"Oyá se lamentava por não ter filhos. Esta triste situação era conseqüência da ignorância das suas proibições alimentares. Embora a carne de cabra lhe fosse recomendada, ela comia carne de carneiro. Oyá resolveu consultar um Babalaô, que lhe resolveu o seu erro, aconselhando-a a fazer oferendas, entre as quais deveriam figurar tecido vermelho que, mais tarde, haveria de servir para confeccionar as vestimentas dos Egunsguns. Tendo cumprido esta obrigação, Oyá tornou-se mãe de nove crianças, que se exprime em Yorubá pela frase: Iya omo mesan, origem de seu nome Yansã. Assim que a roupa de Egungun, foi criada, formou-se, em torno dessa "novidade", uma sociedade composta exclusivamente de mulheres, com o objetivo de enfrentar a prepotência dos homens. Mas elas exageraram e se aproveitam da confusão provocada pela aparição desses seres estranhos, os Egunsguns, para enganar impunemente os seus maridos. Estes exasperados, conseguiram descobrir seu segredos, apoderaram-se da Sociedade e reservaram-na aos homens dela excluindo as mulheres para sempre" Existe uma lenda, conhecida na África e no Brasil, que explica de que maneira os chifres de búfalo vieram a ser utilizados no ritual do culto de Oyá-Yansã: "Um caçador foi em expedição à floresta. Colocando-se à espreita, percebeu um búfalo que vinha em sua direção. Preparava para matá-lo quando o animal, parando subitamente, retirou a sua pele. Uma linda mulher apareceu. Era Oyá-Yansã. Ela escondeu a pele num cupinzeiro e dirigiu-se ao mercado da cidade vizinha. O caçador apossou-se do despojo, escondendo-o no fundo de um depósito de milho, ao lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado a fim de fazer a corte à mulher búfalo. Ele chegou a pedi-la em casamento, mas Oyá recusou inicialmente, aceitou entretanto, quando, de volta à floresta, não mais achou a sua pele. Oyá recomendou ao caçador que não contasse a ninguém que, na realidade, ela era um animal. Viveram bem durante alguns anos. ela pôs nove crianças ao mundo, o que provocou o ciúme das outras esposas do caçador. Estas, porém, conseguiram descobrir o segredo da origem da nova mulher. Logo que o marido se ausentou elas começaram a cantar: Máa , máa mu, awó re nbe ninu aká, o que significa: "Você pode beber e comer ( e pode exibir a sua beleza) mas a sua pele está no depósito ( você não é senão um animal)". Oyá-Yansã compreendeu a alusão, achou a sua pele, revestiu-a e, tendo retomado a forma de búfalo, matou as mulheres ciumentas. Os seus chifres ela os deixou, em seguida, com os filhos, dizendo-lhes: "Em caso de necessidade, bata-os um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorro". É por esta razão que chifres de búfalos são sempre colocados em locais consagrados a Oyá-Yansã.
Tive a oportunidade de recolher esta história na Bahia. Ela apresenta, entretanto, algumas variações, em relação àquela que me foi contada posteriormente na África. Mas Cosme, um velho Pai de Santo, hoje falecido, pronunciava com perfeita correção a frase Yorubá citada acima.

LENDA DE OYÁ 2

"Oyá se lamentava por não ter filhos. Esta triste situação era conseqüência da ignorância das suas proibições alimentares. Embora a carne de cabra lhe fosse recomendada, ela comia carne de carneiro. Oyá resolveu consultar um Babalaô, que lhe resolveu o seu erro, aconselhando-a a fazer oferendas, entre as quais deveriam figurar tecido vermelho que, mais tarde, haveria de servir para confeccionar as vestimentas dos Egunsguns. Tendo cumprido esta obrigação, Oyá tornou-se mãe de nove crianças, que se exprime em Yorubá pela frase: Iya omo mesan, origem de seu nome Yansã. Assim que a roupa de Egungun, foi criada, formou-se, em torno dessa "novidade", uma sociedade composta exclusivamente de mulheres, com o objetivo de enfrentar a prepotência dos homens. Mas elas exageraram e se aproveitam da confusão provocada pela aparição desses seres estranhos, os Egunsguns, para enganar impunemente os seus maridos. Estes exasperados, conseguiram descobrir seu segredos, apoderaram-se da Sociedade e reservaram-na aos homens dela excluindo as mulheres para sempre" Existe uma lenda, conhecida na África e no Brasil, que explica de que maneira os chifres de búfalo vieram a ser utilizados no ritual do culto de Oyá-Yansã: "Um caçador foi em expedição à floresta. Colocando-se à espreita, percebeu um búfalo que vinha em sua direção. Preparava para matá-lo quando o animal, parando subitamente, retirou a sua pele. Uma linda mulher apareceu. Era Oyá-Yansã. Ela escondeu a pele num cupinzeiro e dirigiu-se ao mercado da cidade vizinha. O caçador apossou-se do despojo, escondendo-o no fundo de um depósito de milho, ao lado de sua casa, indo, em seguida, ao mercado a fim de fazer a corte à mulher búfalo. Ele chegou a pedi-la em casamento, mas Oyá recusou inicialmente, aceitou entretanto, quando, de volta à floresta, não mais achou a sua pele. Oyá recomendou ao caçador que não contasse a ninguém que, na realidade, ela era um animal. Viveram bem durante alguns anos. ela pôs nove crianças ao mundo, o que provocou o ciúme das outras esposas do caçador. Estas, porém, conseguiram descobrir o segredo da origem da nova mulher. Logo que o marido se ausentou elas começaram a cantar: Máa , máa mu, awó re nbe ninu aká, o que significa: "Você pode beber e comer ( e pode exibir a sua beleza) mas a sua pele está no depósito ( você não é senão um animal)". Oyá-Yansã compreendeu a alusão, achou a sua pele, revestiu-a e, tendo retomado a forma de búfalo, matou as mulheres ciumentas. Os seus chifres ela os deixou, em seguida, com os filhos, dizendo-lhes: "Em caso de necessidade, bata-os um contra o outro, e eu virei imediatamente em vosso socorro". É por esta razão que chifres de búfalos são sempre colocados em locais consagrados a Oyá-Yansã.
Tive a oportunidade de recolher esta história na Bahia. Ela apresenta, entretanto, algumas variações, em relação àquela que me foi contada posteriormente na África. Mas Cosme, um velho Pai de Santo, hoje falecido, pronunciava com perfeita correção a frase Yorubá citada acima.

LENDAS DE OYÁ 1

Antes de se tornar mulher de Xangô, Oyá tinha vivido com Ogun. Vimos, em capítulos precedentes, como a aparência do deus do ferro e dos ferreiros e causou-lhe menos efeito que a elegância, o garbo e o filho do deus do trovão
Ela fugiu com Xangô e Ogun, enfurecido, resolveu enfrentar o seu rival; mas este foi à procura de Olodumaré, o deus supremo, para confessar-lhe que havia ofendido Ogun. Olodumaré interveio junto ao amante traídoe recomendou-lhe que perdoasse a afronta. E explicou-lhe: "Você, Ogun, é mais velho do que Xangô!" (seu avô, se acreditarmos nas lendas referidas mais acima, onde ogun é pai de Oranmiyan e este, pai de Xangô). "Se, como mais velho, deseja preservar sua dignidade aos olhos de Xangô, e aos dos outros Orixás, você não deve se aborrecer, não deve brigar, deve renunciar a Oyá sem recriminações". Mas Ogunnão foi sensível a este apelo, dirigido aos seus sentimentos de indulgência. Não se resignou tão calmamente assim, lançou-se ã perseguição dos fugitivos e, como vimos anteriormente, trocou golpes de varas mágicas com a mulher infiel que foi, então, dividida em nove partes.
Este número nove, ligado a Oyá, está na origem de seu nome Yansã e encontramos esta referência no ex-Daomé, onde o culto de Oyá é feito em Porto Novo sob o nome de Avessân, no bairro Akron, Lokorô dos Yorubás, e sob o Abessân, mais ao norte, em Baningbé. Estes nomes teriam por origem a expressão Aborimesan, "com-nove-cabeças", alusão, ao que parece, aos nove braços do delta do Niger.
Uma outra indicação sobre esta nome nos é dada pela lenda da criação da roupa de Egungun por Oyá. Roupas sob as quais, em certa circunstância, os mortos de uma família voltam à terra a fim se saudar seus descendentes. Oyá é o único Orixá capaz de enfrentar e de dominar os Egunguns

EPAREI OYÁ!

Oyá, mais conhecida no Brasil sob o nome de Yansã, é a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em Yorubá, chama-se Odô Oyá, o Rio Oyá. Foi a primeira mulher de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso. Conta uma lenda que Xangô enviou-a em missão ao país dos Baribas, a fim de trazer-lhe um preparado que, uma vez ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oyá, desobedecendo as instruções do esposo, experimentou esse preparo no caminho de volta a Oyó, tornando-se também capaz de cuspir fogo, o que provocou grande desgosto em Xangô que desejava guardar, só para si, esta terrível faculdade.
Oyá foi, no entanto, a única das mulheres de Xangô que, ao final de seu reinado, seguiu-o na sua fulga ao páis de Tapa. E quando Xangô recolheu-se para debaixo da terra, em Kosô, ela repetiu o feito em Irá.

04/12 * YANSÃ NA UMBANDA

Yansã, ou Inhaçã, é um orixá cuja figura, no Brasil, é sincretizada com Santa Bárbara, católica.

Senhora dos ventos, dos raios e das tempestades, é representada com um alfange e uma cauda de animal nas mãos, e com um chifre de búfalo na cintura.

Nas lendas provenientes do Candomblé, Iansã foi mulher de Ogum e depois de Xangô, seu verdadeiro amor. Xangô roubou-a de Ogum.

É a Iyabá de temperamento mais forte, dotada de uma força bélica que encontra correspondência, pelo lado masculino, em Ogum. Esse temperamento afirma-lhe a qualidade de guerreira e de líder, mas não de mãe, como Oxum ou Yemanjá, mesmo tendo tido nove filhos de Ogum.

Na liturgia da Umbanda, Iansã é senhora dos eguns, os espíritos dos mortos.

Na Umbanda a guia de Iansã é de cor amarela.

EPARREI YANSÃ!

sábado, 17 de outubro de 2009

12/10 * SLAVA DE NOSSA SENHORA APARECIDA


A Salva de Nossa Senhora de Aparecida coincide com a comemoração dos gadjés, a 12 de outubro. Na Slava, é oferecido um banquete ao santo homenageado, onde colocamos o Santo do Dia no centro da mesa, em lugar de destaque e junto a Ele, um manrô (pão) redondo, que é furado no meio e onde colocamos um punhado de sal junto com a vela. Esse pão é posto em uma bandeja cheia de arroz cru, para chamar saúde e prosperidade e, ao término do almoço, ele é dividido entre os convidados pelos donos da casa, junto com essas palavras de bençãos:
THIE AVES THIAILÔ LOM, MANRÔ TAI SUNKAI (que você seja abençoado com o sal, com o pão e com o ouro).

Salve Odara! Salve Rainha! Salve, todo o povo cigano!!!

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

CONVERSA ENTRE OXUM E OBATALÁ



Conversa de Orixás...

Obatalá... Espera, Oxum! Não posso interferir no processo de vida e morte, mas tenho, como tu mesma tens poderes para criar e consagrar símbolos que perpetuem um ser. Que o represente em qualquer situação e que possa ser renovado constantemente. Um símbolo vivo de alguém que já morreu!
E este símbolo deverá participar de todos os rituais em nossa honra! E representará, com sua presença, não só a presença de seu pupilo, como também de todos aqueles que um dia receberam o sagrado OXU, que estabelece a aliança firmada entre o iniciado e seu Orixá! Um símbolo que possa representar também a Terra, onde habitam seus corpos depois de levados por IKU!
A GALINHA D'ANGOLA gritaram todos em unissono.
Oxum providenciou, imediatamente, uma galinha d'angola, que naquele tempo era inteiramente preta, e Obatalá lá soprou sobre ela pó de efun, pintalgando-a de branco, como hoje ela é. Oxum, então, modelou, com manteiga de orí da Costa, um cone ao qual acrescentou diversos componentes mágicos, e fixo-o sobre a cabeça da ave, dando a ela o status de ODOXU (aquele que possui OXU), que distingue os iniciados no Culto dos Orixás.
OBATALÁ sentenciou: A partir desse dia, serás representado, em todos os rituais, por ETU, a galinha d'angola. Qualquer ritual em que ela não estiver presente, não será por nós validado. Esta ave é, a partir de agora o símbolo dos iniciados do qual foste o precursor e , por isso nascerá provida de OXU e da pintura de efun que é feita em minha honra!
É por isso que, ainda hoje, a galinha d'angola deve estar presente em todas as cerimonias em honra aos Orixás, e uma parte dela compõe o OXU, que é colocado sobre a cabeça do neófito na hora de sua iniciação.

LENDA DE OXUM APARÁ

Em uma época onde os deuses viviam na terra, na região da Nigéria existiu duas jovens irmãs: Oxum e Iansã.

Oxum era deusa do ouro e da prata e tinha poderes sobre o ocultismo, Iansã por sua vez era deusa dos raios, tendo assim poderes sobre eles. Oxum carregava consigo o espelho que mostrava toda verdade oculta. Um belo dia Iansã muito curiosa, pegou o espelho e olhou, viu que era mais bonita que Oxum. Toda aldeia ficou sabendo disso e Oxum ficou muito brava.
Resolveu dar uma lição em sua irmã, colocou em seu quarto outro espelho, esse mostrava o lado ruim das coisas. Iansã percebendo a troca foi novamente olhar, ficou chocada com o que viu, em vez de ver sua imagem viu um monstro horrível. Entrou numa tristeza profunda e acabou morrendo.

Os deuses mais velhos descobriram a vingança de Oxum, decidiram castigá-la.

Oxum carregaria Iansã em seu corpo eternamente, seis meses seria Oxum com todas suas características e os outros seis meses seria Iansã. Oxum Opará tem em uma das mãos o espelho e na outra a espada que representa Iansã, dizem que ela é uma deusa guerreira e anda ao lado de Ogum, o deus do ferro e da estrada.

LENDA DE OXUM 8


Depois que casou com Oxum, que era muito dengosa, Xangô passou a negligenciar Iansã, que ficou muito enciumada. Um dia, quando Oxum foi tomar banho no rio, Iansã resolveu se vingar e fez surgir uma cortina de fogo no caminho; mas Oxum fez o rio transbordar e o fogo se apagou. Iansã ficou ainda mais irritada e atacou Oxum com a espada. Como Oxum só levava um espelho, usou-o para fazer com que o reflexo do sol cegasse a rival. Só assim Iansã parou e as duas puderam conversar.

LENDA DE OXUM 7


Depois que casou com Oxum, que era muito dengosa, Xangô passou a negligenciar Iansã, que ficou muito enciumada. Um dia, quando Oxum foi tomar banho no rio, Iansã resolveu se vingar e fez surgir uma cortina de fogo no caminho; mas Oxum fez o rio transbordar e o fogo se apagou. Iansã ficou ainda mais irritada e atacou Oxum com a espada. Como Oxum só levava um espelho, usou-o para fazer com que o reflexo do sol cegasse a rival. Só assim Iansã parou e as duas puderam conversar.

LENDA DE OXUM 6

Oxum então ve Odé caçar, e se apaixona pela figura dele, se cobre de mel e se envolve nas folhas que ficam na beira do rio, e se disfarça de caça, Odé ao ver a suposta ´´presa`` vai de encontro a ela quando essa entra no rio e se revela ser Oxum.

Odé fascinado por tanta beleza a toma pra si ali mesmo, mas o amor de Oxum por Odé vai muito além disso, e ela quer viver com ele , mas como Odé vive nas matas e ela no fundo do rio seria impossível, mas novamente a inteligência de oxum fala mais alto.

Oxum disfarça Odé de mulher pra que seu pai não reconheça-o , mas oxóssi acaba sendo descoberto e expulso dos rios, voltando para as matas, desse amor nasce Logun Edé, herdeiro de Oxum e Oxóssi.

LENDA DE OXUM 5

Obá tornou-se a terceira mulher de Xangô, pois ela era forte e corajosa. A primeira mulher de Xangô foi Oiá-Iansã, que era bela e fascinante.A segunda foi Oxum, que era coquete e vaidosa.

Uma rivalidade logo se estabeleceu entre Obá e Oxum. Ambas disputavam a preferência do amor de Xangô. Obá sempre procurava aprender o segredo das receitas utilizadas por Oxum quando esta preparava as refeições de Xangô.
Oxum irritada, decidiu preparar-lhe uma armadilha. Convidou Obá a vir, um dia de manhã, assistir à preparação de um prato que, segundo ela, agradava infinitamente a Xangô.
Obá chegou na hora combinada e encontrou Oxum com um lenço amarrado à cabeça, escondendo as orelhas.Ela preparava uma sopa para Xangô onde dois cogumelos flutuavam na superfície do caldo. Oxum convenceu Obá que se tratava de suas orelhas,
que ela cozinhava, desta forma, para preparar o prato favorito de Xangô.
Este logo chegou, vaidoso e altivo. Engoliu, ruidosamente e com deleite, a sopa de cogumelos egalante e apressado, retirou-se com Oxum para o quarto.

Na semana seguinte, foi a vez de Obá cuidar de Xangô. Ela decidiu pôr em prática a receita maravilhosa. Xangô não sentiu nenhum prazer ao ver que Obá se cortara uma das orelhas. Ele achou repugnante o prato que ela preparara.
Neste momento, Oxum chegou e retirou o lenço, mostrando à sua rival que suas orelhas não haviam sido cortadas, nem comidas.
Furiosa, Obá precipitou-se sobre Oxum com impetuosidade.Uma verdadeira luta se seguiu.Enraivecido, Xangô trovejou sua fúria. Oxum e Obá, apavoradas, fugiram e transformaram-se em rios.

Até hoje, as águas destes rios são tumultuadas e agitadas no lugar de sua confluência,
em lembrança da briga que opôs Oxum e Obá pelo amor de Xangô.

LENDA DE OXUM 4


Conta a lenda que Oxalá, numa de suas caminhadas pelo mundo, iria passar pela aldeia de Oxun, onde pretendia parar e descansar.

Exú, mensageiro dos orixás, correu para avisar Oxun que o grande orixá fun-fun estava a caminho de sua cidade. Era preciso organizar uma grande recepção, pois a visita era muito importante para todos. Ela, então, apressou-se com os preparativos da festa, ordenando a limpeza de todas as casas e lugares públicos da aldeia, bem como que os enfeites utilizados fossem da cor branca. Oxun cuidou pessoalmente da ornamentação e limpeza de seu palácio, pois tudo tinha que estar perfeito, à altura de Oxalá.

Com tantos afazeres importantes, em tão curto espaço de tempo, Oxun não se lembrou de convidar as Iya-mi para a grande festa.

As feiticeiras não perdoaram essa desfeita. Sentindo-se muito desprestigiadas, resolveram desmoralizar Oxun perante os convidados.

No dia da chegada de Oxalá à cidade, Oxorongá entrou disfarçada no palácio para colocar, no assento do trono da Oxun, um preparado mágico, que não fora notado por ninguém.

Toda a cidade estava impecavelmente limpa e ornamentada. O palácio de Oxun, que fora caprichosamente preparado, tinha seus móveis e utensílios cobertos por tecidos de uma alvura imaculada. Branca também seria a cor das roupas utilizadas na cerimônia.

Oxalá finalmente chegou, sendo respeitosamente reverenciado numa grande demonstração de fé e admiração ao grande mensageiro da paz.

Oxun, sentada em seu trono, esperava com impaciência a entrada de Oxalá em seu palácio, quando iria oferecer-lhe seu próprio assento. Mas, ao tentar levantar-se, percebeu que estava presa em sua cadeira e, por mais força que fizesse, não conseguia soltar-se. O esforço que empreendeu foi tão grande, que, mesmo ferida, conseguiu ficar em pé, mas uma poça de sangue havia manchado suas roupas e também sua cadeira.

Quando Oxalá viu aquele sangue vermelho no trono em que se sentaria, ficou tão contrariado, que saiu imediatamente do recinto, sentindo-se muito ofendido.

Oxun, envergonhada com o acontecido, não conseguia entender porque havia ficado presa em sua própria cadeira, uma vez que ela mesma tinha cuidado de todos os preparativos.

Escondendo-se de todos, foi consultar o oráculo de Ifá para obter um conselho. O jogo, então, lhe revelou que Oxorongá havia colocado feitiço em seu assento, por não ter sido convidada.

Exú, a pedido de Oxun, foi em busca do grande pai, para relatar-lhe o ocorrido.
Oxalá retornou ao palácio, onde a grande mãe das águas estava sentada de cabeça baixa, muito constrangida. Quando ela o viu, começou a abanar seu abebe, transformando o sangue de suas roupas em penas vermelhas, que, ao voar, caíram sobre a cabeça de todos os que ali estavam, inclusive a de Oxalá. Em reconhecimento ao esforço que ela empreendeu para homenageá-lo, ele aceitou aquela pena vermelha (ekodide), prostrando-se à sua frente, em sinal de agradecimento.

A partir de então, essa pena foi introduzida nos rituais de feitura do Candomblé.

LENDA DE OXUM 2

OXUM conheceu o príncipe ODÉ, cuja a delicadeza e a finura a cativaram, acabaram se casando. O casamento foi muito festejado, mas assim que começaram a vida íntima, OXUM começou a compreender mais profundamente os pensamentos do esposo. Ele queria construir uma cidade destinada a abrigar ODADIS e ALAKUATÁS (homossexuais masculinos e femininos).Já erguida a cidade, nasceu LOGUM,uma criança HEMAFRODITA.

Horrorizada OXUM abandonou a cidade dos ODADIS.

O jovem ficou ali e foi o primeiro a ajudar ORUMILÁ.

Enquanto isso OXUM faz uma viagem em busca de IEMANJÁ, irmã de sua mãe.

OXUM ofereceu-se a sua irmã e aos sacerdotes Iorubás a ir buscar OGUM que estava recluso na mata desde a que perdera a disputa com XANGÔ por causa da OIÁ.

Retornando ao palácio de IEMANJÁ, depois da festa de boas vindas a OGUM, OXUM conheceu OBALUAIÊ, homem já de certa idade mas de aspecto majestoso e viril. OXUM e OBALUAIÊ casaram-se e partiram para a terra de jejes onde OBALUAIÊ era rei.

LENDA OXUM 3

Logo que todos os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva.

Olodumaré foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olodumaré perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo.

Os Orixás convidaram Oxum para participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada Iyalodê (Iyáláòde), título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante entre as mulheres da cidade.

LENDAS DE OXUM

Oxum sempre foi mulher vaidosa, bela e elegante ofuscava a todos com seu brilho vistoso. Uma coisa, porém fazia-lhe falta,
queria muito saber sobre os mistérios de Ifá. Tinha sede do conhecimento dos oráculos, precisava conhecer o passado, presente e futuro, somente assim se sentiria realizada. Pensou bastante a respeito e resolveu procurar Exu, usou toda sua doçura e encanto para que ele lhe ensinasse os segredos. Exu sentiu-se atraído pela bela mulher, mas não era de entregar nada gratuitamente e lhe propôs um trato. Se ela ficasse junto dele por sete anos fazendo todos os serviços de sua casa, entregaria os mistérios que ela tanto desejava. Oxum aceitou e durante todo o tempo do trato, lavou, passou e cozinhou para Exu. No final do período tratado, Exu cumpriu o que havia prometido e liberou-a. A moça, entretanto havia se apaixonado e mesmo com os segredos em mãos preferiu continuar morando com ele. Assim viveram por muito tempo em perfeita harmonia. Um dia Oxum estava à beira de um rio cantando com maviosa voz enquanto penteava os cabelos. Xangô, que por ali passava, escondeu-se para ver de onde vinha tão maravilhosa melodia. Ao deparar-se com a beleza encantadora da bela mulher enamorou-se perdidamente. Impetuoso como sempre, foi até ela e declarou-se. Ela, porém, explicando sua condição de casada e feliz, recusou o amor que o homem dizia sentir. Tomado de fúria, não admitia ser contrariado, agarrou a mulher e levou-a para seu reino onde a trancafiou no alto de uma torre de onde somente sairia para unir-se a ele. Dias e noites sem fim se passaram e Oxum em sua masmorra apenas chorava em desespero. Enquanto isso, Exu vasculhava por todos os cantos do mundo a procura da mulher que aprendera a amar e respeitar. Quando já estava para desistir, resolveu descansar à sombra de uma árvore, quando ouviu um canto melancólico e reconheceu imediatamente a voz que tanto amava. Rapidamente subiu até a torre e tomou conhecimento de tudo que acontecera. Tentou de todas as formas tirá-la dali, mas Xangô havia sido previdente, usara de um artifício mágico que deixava a mulher presa dentro de um circulo e somente ele conseguiria libertá-la. Sentindo-se derrotado, Exu foi embora jurando que voltaria. Andou sorumbático pelos caminhos, a cabeça em turbilhão, quando se deparou com um velho que perguntou o porquê daquela tristeza. Onde estava a alegria tão comentada de Exu? Ele não teve forças para responder, apontou o alto da torre que se via ao longe. O velho era Orunmilá e não precisou de mais detalhes, apenas queria saber o tamanho do amor que unia aqueles dois e a resposta do rapaz foi o suficiente. Tirou um saquinho de sua vestimenta e entregou a ele recomendando que aspergisse seu conteúdo sobre Oxum. Cheio de alegria e esperança Exu voltou correndo à prisão de sua amada. Sem dizer nada apenas jogou sobre ela todo o pó que Orunmilá lhe dera. No mesmo instante Oxum transformou-se em uma linda pomba dourada e saiu voando direto para seu lar onde mais tarde se reencontraram e viveram felizes por muitos anos.

QUALIDADES DE OXUM.

Existem 16 tipos diferentes de Oxum, das quase adolescentes até as mais velhas, sendo portanto 16 o número sagrado da mãe da água doce. Diz a lenda que as mais velhas moram nos trechos mais profundos dos rios, enquanto as mais novas nos trechos mais superficiais. Entre essas 16, três são marcadas como guerreiras (Apara, a mais violenta, Iê Iê Kerê, que usa arco e flecha, e Ié Ié Iponda, que usa espada), mas a maior parte delas é mais pacífica, não gostando de lutas e guerras, desde Oxum Obotó, muito suave e feminina, até a versão mais velha, a não menos vaidosa Oxum Abalo.

  1. Abalu (a mais velha de todas) - ABALÔ (carrega ogum é uma iansã)

  2. Jumu ou Ijimu (a mãe de todas, estreita ligação com as Ìyámi)

  3. Aboto ou Oxogbo (feminina e coquete, ajuda as mulheres terem filhos)

  4. Apara (a mais jovem e guerreira)

  5. Ajagura (guerreira)

  6. Yeye Oga (velha e enquizilada)

  7. Yeye Petu

  8. Yeye Kare (guerreira)

  9. Yeye Oke (guerreira)

  10. Yeye Onira (guerreira)

  11. Yeye Oloko (vive nas florestas)

  12. Yeye ponda (esposa de Oxóssi Ibualama, guerreira e porta um leque)

  13. Yeye Merin ou Iberin (feminina e coquete)

  14. Yeye Àyálá ou Ìyánlá (a avó, que foi mulher de Ogum)

  15. Yeye Lokun ou Pòpòlókun (que não desce sobre a cabeça de suas filhas)

  16. Yeye Odo (dos perdões)

RIO OXUM.

MAIS CARACTERÍSTICAS

Seus "filhos de cabeça" são extremados na devoção religiosa e corretos na vida familiar.

É comum dizer-se que Yemanjá alenta a criação e preside a gravidez, mas é Oxum quem concebe e é a criadora.

Seus devotos possuem um alto espírito de religiosidade, de ternura, tolerância e compreensão para com os defeitos alheios. Sacrificam-se pelos filhos até a última instância.

Honesta em todos os sentidos, cumpridora de suas obrigações no campo social, principalmente no lar.

Gostam, perdidamente, de crianças.

No plano mental, o orixá dá aos seus tutelados uma percepção brilhante dos fatos.

São simples, distintos e procuram aliar os vôos do pensamento filosófico ao prático habitual e, sobretudo, útil a todos.

Dão ótimos professores, administradores.

Como segundo Orixá de Cabeça, Oxum dá tranqüilidade e confiança e êxito principalmente com os Orixás Ogum e Xangô.

Ainda no plano mental, esse Orixá imprime a seus filhos uma acuidade de prever acontecimentos.

Sensíveis e resignados, esquecem, com facilidade, as ofensas recebidas procurando, inclusive, reatar laços de amizade já que fazer amigos duradouros é sua tendência natural.

Quando ricos, são simples e acolhem os parentes mais pobres ou em dificuldades.

Estão sempre à frente nos serviços de filantropia sem procurar aparecer na imagem enganosa de "pessoa boníssima" ou de "bom moço".

Extremados por um ideal, seguem facilmente os líderes ou causas ideológicas.

Oxum traz o privilégio da fecundidade da abundância e até da riqueza, seja no plano físico, nos sentimentos, seja no plano mental daslucubrações originais e proveitosas a todos.

A nível negativo são preguiçosas, negligentes, omissas, desalinhadas e não muito cuidadosas com a própria aparência.

Chegam mesmo à falta de higiene com o corpo e com o lugar onde habitam.

Choram por nada.

Reclamam de coisas de que não cuidaram no devido tempo.

Emotividade exagerada, piegas, sensualismo degradante, fanatismo, obsessão e intolerância

CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXUM.


Oxum é o arquétipo daqueles que agem com estratégia, que jamais esquecem as suas finalidades; atrás da sua imagem doce esconde-se uma forte determinação e um grande desejo de ascensão social.

O arquétipo psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes, buracos no fundo, grutas - tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro em termos de forma, cheio de meandros. Os filhos de Oxum preferem contornar habilmente um obstáculo a enfrentá-lo diretamente, por isso mesmo, são muito persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.

Têm uma certa tendência para engordar, a imagem do gordinho risonho e bem-humorado combina com eles. Gostam de festas, vida social e de outros prazeres que a vida lhes possa oferecer. Tendem a uma vida sexual intensa, mas com muita discrição, pois detestam escândalos.

Não se desesperam por paixões impossíveis, por mais que gostem de uma pessoa, o seu amor-próprio é muito maior. Eles são narcisistas demais para gostar muito de alguém.

Graça, vaidade, elegância, uma certa preguiça, charme e beleza definem os filhos de Oxum, que gostam de jóias, perfumes, roupas vistosas e de tudo que é bom e caro.

O lado espiritual dos filhos de Oxum é bastante aguçado. Talvez por isso, algumas das maiores Yalorixás da história do Candomblé, tenham sido ou sejam de Oxum.

Faz parte do tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente porém discreta e, na aparência, apenas inconseqüente. Verger define: O arquétipo de Oxum é o das mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas caras.

Até um dos defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única maneira de terem informações em troca.


OXUM


Dia: Sábado

Cores: Amarelo – Ouro

Símbolo: Leque com espelho (Abebé)

Elemento: Água Doce (Rios, Cachoeiras, Nascentes, Lagoas)

Domínios: Amor, Riqueza, Fecundidade, Gestação e Maternidade

Saudação: Eri Yéyé ó!



Na Nigéria, mas precisamente em Ijesá, Ijebu e Osgbó, corre calmamante o rio Oxum, a morada da mais bela Yabá, a rainha de todas as riquezas, a protetora das crianças, a mãe da doçura e da benevolência.

Generosa e digna, Oxum é a rainha de todos os rios e cachoeiras. Vaidosa, é a mais importante entre as mulheres da cidade, a Ialodê. É a dona da fecundidade das mulheres, a dona do grande poder feminino.

Oxum é a deusa mais bela e mais sensual do Candomblé. É a própria vaidade, dengosa e formosa, paciente e bondosa, mãe que amamenta e ama. Um de seus oriquis, visto com mais atenção, revela o zelo de Oxum com seus filhos:

O primeiro filho de Oxum chama-se Idé, é uma verdadeira jóia, uma argola de cobre que todos os iniciados de Oxum devem colocar nos seu braços. Oxum não vê defeitos em seua filhos, não vê sujidade. Os seus filhos, para ela, são verdadeiras jóias e ela só consegue ver seu brilho.
É por isso que Oxum é a mãe das crianças, seres inocentes e sem maldade, zelando por elas desde o ventre até adquirirem sua independência.
Seus filhos, ou melhor, suas jóias, são sua maior riqueza.

Foi a esposa preferida de Xangô, por ser mimosa e dengosa, atendia sempre as preferências do rei, sempre servindo e agradando os seu pedidos.

NO BRASIL...

Brasil

Oxum é um Orixá feminino da nação Ijexá adotada e cultuada em todas as religiões afro-brasileiras. É o Orixá das águas doces dos rios e cachoeiras, da riqueza, do amor, da prosperidade e da beleza, em Oxum, os fiéis também buscam auxílio para a solução de problemas no amor, uma vez que ela é a responsável pelas uniões e na vida financeira, tanto que muitas vezes é chamada de Senhora do Ouro que outrora era do Cobre por ser o metal mais valioso da época.

Na natureza, o culto à Oxum costuma ser realizado nos rios e nas cachoeiras e, mais raramente, próximo às fontes de águas minerais. Oxum é símbolo da sensibilidade e muitas vezes derrama lágrimas ao incorporar em alguém, característica que se transfere a seus filhos identificados por chorões.

12/10 * DIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO APARECIDA

Ora Yêye o Mamãe Oxum!

Dentro da Umbanda, devido so sincretismo religioso, comemoramos no dia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, o dia do orixá Oxum, Minha queirida mãe e a quem devo meu ingresso dentro da minha querida religião: A umbanda.
Porém, orixá e força, seja na Umbanda ou no Camdomblé. E, aprendi com meus estudos, a respeita-los como um todo e tento aprender ainda mais e mais...
Dedico essa postagem a Oxum, orixá femimino tão querido dentro das religiões afro-descendentes, o que não poderia ser diferente, devido a sua doçura e mistério...

Ora Yêye o Mamãe Oxum!

terça-feira, 13 de outubro de 2009


Em grande parte, o trabalho dos Boiadeiros é no descarrego e no preparo dos médiuns. Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, como os exus. Da mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a liberdade e a determinação que existe no homen do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande. Os Boiadeiros em seus trabalhos bebem vinho ou marafo (aguardente) e fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Quando o médium é mulher e o Boiadeiro (entidade) é homen, frequentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo o formato doa seios. Estes panos acabam por vezes, como um identificador da entidade, e até a sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou composição de cores.




Os Boiadeiros vêm dentro da corrente de Oxossi, dos Caboclos. Eles são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homen do sertão, " o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai.
Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços, e um pouco do branco: sua religião ( posteriormente misturada com a do índio e a do negro, sincretismo) e sua língua, entre outras coisas.
Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, crendices, superstições e fé.
Nos terreiros, os Boiadeiros vêm "descendo em seua aparelhos" como se estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente se trabalho e vibração
Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e as pessoas da assistência.

28/10 * GETRUÁ BOIADEIRO - O GUIA DOS SERTÕES.

No decorrer da gira o chefe do terreiro diz " GETUÁ BOIADEIRO"

O ogãm prepara a mão e solta no couro do atabaque:

" Me chamam Boiadeiro,
Boiadeiro eu não sou não,
Eu sou laçador de gado,
Boiadeiro é meu patrão,
Getuê, Getuá,
Corda de laçar meu boi, Getuê!
Corda de meu boi laçar, Getuá!

Alguns caboclos, também chefes de terreiro, continuam para ajudar no desenvolvimento dos médiuns e a gira de Boiadeiro começa dentro da gira de Caboclos.




segunda-feira, 5 de outubro de 2009

...CONTINUA.

Sua saudação: “Getruá Boiadeiro”, “Xetro Marrumbaxêtro” Os Boiadeiros são entidades que representam a natureza desbravadora, romântica, simples e persistente do homem do sertão, "o caboclo sertanejo". São os Vaqueiros, Boiadeiros, Laçadores, Peões, Tocadores de Viola. O mestiço Brasileiro, filho de branco com índio, índio com negro e assim vai. Os Boiadeiros representam a própria essência da miscigenação do povo brasileiro: nossos costumes, rendices, superstições e fé.
Ao amanhecer o dia, o Boiadeiro arrumava seu cavalo e levava seu gado para o pasto, somente voltava com o cair da tarde, trazendo o gado de volta para o curral. Nas caminhadas tocava seu berrante e sua viola cantando sempre uma modinha para sua amada, que ficava na janela do sobrado, pois os grandes donos das fazendas não permitiam a mistura de empregados com a patroa. É tal e qual se poderia presenciar do homem rude do campo. Durante o dia debaixo do calor intenso do sol ele segue, tocando a boiada, marcando seu gados e território. À noite ao voltar para casa, o churrasco com os amigos e a família, um bom papo, ponteado por um gole de aguardente e um bom palheiro, e nas festas muita alegria, nas danças e comemorações.
Sofreram preconceitos, como os "sem raça", sem definição de sua origem. Ganhando a terra do sertão com seu trabalho e luta, mas respeitando a natureza e aprendendo, um pouco com o índio: suas ervas, plantas e curas; e um pouco do negro: seus Orixás, mirongas e feitiços; e um pouco do branco: sua religião (posteriormente misturada com a do índio e a do negro) e sua língua, entre outras coisas.
Dá mesma maneira que os Pretos-Velhos representam a humildade, os Boiadeiros representam a força de vontade, a liberdade e a determinação que existe no homem do campo e a sua necessidade de conviver com a natureza e os animais, sempre de maneira simples, mas com uma força e fé muito grande. O caboclo boiadeiro está ligado com a imagem do peão boiadeiro - habilidoso, valente e de muita força física. Vem sempre gritando e agitando os braços como
se possuísse na mão, um laço para laçar um novilho. Sua dança simboliza o peão sobre o cavalo a andar nas pastagens.
Enquanto os "caboclos índios" são quase sempre sisudos e de poucas palavras, é possível encontrar alguns boiadeiros sorridentes e conversadores.
Os Boiadeiros vêm dentro da linha de Oxossi. Mas também são regidos por Iansã, tendo recebido da mesma a autoridade de conduzir os eguns da mesma forma que conduziam sua boiada quando encarnados. Levam cada boi (espírito) para seu destino, e trazem os bois que se desgarram (obsessores, quiumbas, etc.) de volta ao caminho do resto da boiada (o caminho do bem)

CABOCLO BOIADEIRO - “GETRUÁ BOIADEIRO”,


São espíritos de pessoas, que em vida trabalharam com o gado, em fazendas por todo o Brasil, estas entidades trabalham da mesma forma que os Caboclos nas sessões de Umbanda.
Usam de canções antigas, que expressam o trabalho com o gado e a vida simples das fazendas, nos ensinando a força que o trabalho tem e passando, como ensinamento, que o principal elemento da sua magia é a força de vontade, fazendo assim que consigamos uma vida melhor e farta. Nos seus trabalhos usam de velas, pontos riscados e rezas fortes para todos os fins.
O Caboclo Boiadeiro traz o seu sangue quente do sertão, e o cheiro de carne queimada pelo sol das grandes caminhadas sempre tocando seu berrante para guiar o seu gado. Normalmente, eles fazem duas festas por ano, uma no inicio e outra no meio do ano. Eles são logo reconhecidos pela forma diferente de dançar, tem uma coreografia intricada de passos rápidos e ágeis, que mais parece um dançarino mímico, lidando bravamente com os bois. Seu dia é quinta feira, gosta de bebida forte como por exemplo cachaça com mel de abelha, que eles chamam de meladinha, mas também bebem vinho. Fumam cigarro, cigarro de palha e charutos. Seu prato preferido é carne de boi com feijão tropeiro, feito com feijão de corda ou feijão cavalo. Boiadeiro também gosta muito de abóbora com farofa de torresmo. Em oferendas é sempre bom colocar um pedaço de fumo de rolo e cigarro de palha.
No Terreiro os Boiadeiros vêm "descendo em seus aparelhos" como estivessem laçando seu gado, dançando, bradando, enfim, criando seu ambiente de trabalho e vibração. Com seus chicotes e laços vão quebrando as energias negativas e descarregando os médiuns, o terreiro e
as pessoas da assistência.Os fortalecendo dentro da mediunidade, abrindo as portas para a entrada dos outros guias e tornando-se grandes protetores, assim como os Exus. Quando o médium é mulher, freqüentemente, a entidade pede para que seja colocado um pano de cor, bem apertado, cobrindo o formato os seios. Estes panos acabam, por vezes, como um identificador da entidade, e até da sua linha mais forte de atuação, pela sua cor ou composição de cores. Alguns usam chapéus de boiadeiro, laços, jalecos de couro, calças de bombachas, e tem alguns, que até tocam berrantes em seus trabalhos.
Nomes de alguns boiadeiros: Boiadeiro da Jurema, Boiadeiro do Lajedo, Boiadeiro do Rio, Carreiro, Boiadeiro do Ingá, Boiadeiro Navizala, Boiadeiro de Imbaúba, João Boiadeiro, Boiadeiro Chapéu de Couro, Boiadeiro Juremá, Zé Mineiro, Boiadeiro do Chapadão, etc ...